Depois da primeira bancada negra de Porto Alegre se recusar a levantar para a execução do hino do Rio Grande do Sul na cerimônia de posse dos novos vereadores, o deputado estadual Luiz Fernando Mainardi (PT-RS) pretende protocolar um projeto de lei no término do recesso, na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul para que o trecho do hino considerado racista por eles seja alterado.

Os vereadores que se recusaram a levantar para o hino, são: Karen Santos (PSOL), Bruna Rodrigues (PCdoB), Daiana Santos (PCdoB), Laura Sito (PT) e Matheus Gomes (PSOL).
O trecho considerado racista, é o seguinte:
“Povo que não tem virtude acaba por ser escravo”
Em seu projeto, o petista adere a sugestão da vereadora Laura Sito (PT) que quando assumiu como vereadora suplente, já havia proposto a mudança em 2017. A ideia é alterar o trecho para “povo que não tem virtude acaba por escravizar”. Segundo Laura:
“Temos um trecho onde uma parte da população se sente ofendida. Propomos uma alteração onde toda a sociedade possa se reconhecer. Qual a dificuldade de alterar?”
O MBL-RS protestou contra esta ação e o vereador Ramiro Rosário (PSDB) escreveu um artigo abordando o assunto. Em sua página do Facebook, o movimento escreveu:
Apenas quem não conhece a nossa história de luta pela liberdade e contra um governo imperial tirano pode achar que nosso hino é racista. Povo, independente de cor, credo ou classe, sem consciência e vontade de lutar por seus direitos, acaba cativo de tiranos e de ideologias.
Nosso hino é lindo, e conta a história de um povo aguerrido, que não aceitará amarras ideológicas de quem quer que seja.