Nem todo mundo ficou desesperado após a troca de comando abrupta promovida na Petrobrás pelo presidente da República amigo do Centrão, que há muito tempo abandonou a agenda econômica - mas apenas agora certos liberais se deram conta. A esquerda está adorando a interferência, e comemorando a demissão do "liberal entreguista" Paulo Castello Branco.
De acordo com uma série de artigos do blog Brasil 247 - uma versão à esquerda do portal Terça Livre -, é ótimo que Castello Branco tenha saído, para afastar "as forças de mercado" e as políticas neoliberais , e esperam que o general Joaquim Silva e Luna, nomeado para o comando da estatal, faça jus à sua fama de nacionalista.
Só mesmo quem vive em uma realidade paralela para ficar exultante com a desestabilização da economia no meio de uma segunda onda da pandemia. Confira trecho de um dos artigos do portal de extrema esquerda:
"Por mais que tenha conseguido manipular a opinião pública, em 2018, com baboseiras como o kit gay e a mamadeira erótica, nada disso resiste à pauperização dos brasileiros, à entrega do patrimônio nacional e à destruição de milhões de empregos. E tudo isso é resultado do choque neoliberal implantado pelo governo Temer-FHC após a derrubada de Dilma. Temer-FHC porque o primeiro foi o traidor e o segundo foi o responsável pela agenda econômica. Agenda econômica que teve como pilar central a mudança na política de preços da Petrobrás, por Pedro Parente, para assim criar condições para garantir a entrega do pré-sal e o desmonte da estatal - o objetivo central dos golpistas. E não adianta dizer que os preços dos combustíveis devem ser guiados por forças de mercado. Em todos os países que são grandes produtores de petróleo, eles são preços administrados porque formam outros preços da economia. Bolsonaro deu o primeiro passo. Demitiu o entreguista Paulo Castello Branco e o substituiu por um general que tem fama de ser nacionalista. A prova dos nove, no entanto, virá na segunda-feira, com a nova Batalha dos Guararapes, quando saberemos se os militares brasileiros irão bater continência aos invasores ou expulsá-los de vez da Petrobrás".