Bolsonaro está pensando em criar um novo ministério para blindar Pazuello, com o objetivo é mante-lo com foro privilegiado no Supremo e tirá-lo da mira dos juízes de primeira instância.

Coisa que é parecida com a nomeação de Lula para a chefia da Casa Civil, em março de 2016. Na época, presidindo o país, Dilma foi acusada de tentar driblar a Justiça para evitar a prisão do aliado.
No dia em que o convite a Lula foi anunciado, Bolsonaro como deputado na época, protestou na Praça dos Três Poderes. E em um vídeo divulgado nas redes sociais, ele afirmou com todas as letras que a nomeação é uma coisa de "porcos". Será que ele teria essa mesma opinião hoje? Com a absoluta certeza que não! Agora ele provavelmente inventaria uma desculpinha esfarrapada ou se ausentaria de dar uma reposta. É assim que ele joga.
Estamos na era do bolsopetismo, que antes era lenda, mas se materializou com o voto de Nunes Marques (ministro indicado por Bolsonaro ao STF) favorável à Lula. E daqui para frente, só percebemos o quanto o bolsonarismo tem seguido os passos do petismo. Até mesmo na tal "coisa de porco".