Getúlio Vargas - ex-ditador do Brasil - era um dos mestres do populismo. Apesar das ações autoritárias, como a repressão à revolta constitucionalista de 32, o gaúcho era amado pelas camadas mais pobres da população devido as intervenções diretas no mercado.
Campanhas como "O Petróleo é Nosso" reverberavam e mostravam um líder "preocupado" com o bolso das classes baixas. Bolsonaro que tanto jurou combater a esquerda fez referência clara ao maior ídolo da esquerda cirandeira.
A esquerda trabalhista moderna trata Getúlio como inspiração, pela criação da CLT, pela popularidade e principalmente pelo autoritarismo. Contudo, nos dias de hoje o mercado é bem mais duro com interventores. A petrolífera brasileira sofrerá quedas imensuráveis e o Real então nem se fala.
Além disso, Getúlio também parece inspirar um novo rumo no Governo Bolsonaro. Numa semana com flertes ao autoritarismo getulista, Bolsonaro soltou pérolas que vão desde "a mudança de regime" ao velho e cansado discurso do "O petróleo é nosso".
Por fim, resta-nos esperar como o getulista Bolsonaro irá agir. Precisamos estar prontos para uma nova revolução de 30, que tal qual a original será baseada em pobreza e ataques a constituição.