Levantamento divulgado quarta-feira (3) revela dados preocupantes e desafios para a estatal.
Reportagem: Jonas Fernandes
Revisão: Kdu Sena
A Companhia Energética de Brasília (CEB) declarou por meio de levantamento nesta quarta-feira (3) o prejuízo de R$ 33,7 milhões com distribuição de energia no DF em 2018.
Segundo o balanço, o prejuízo deveu-se a fatores como: despesas financeiras elevadas, altos gastos com pessoal, material e serviços de terceiros, causando impacto negativo nas contas.
Em 2017, a empresa terminou o ano com lucro de R$ 29 milhões provenientes do mesmo serviço. O dado se refere apenas à CEB Distribuição — braço da empresa responsável pelo fornecimento de energia elétrica.
GRUPO CEB
Contrariamente, o grupo CEB — todas as empresas ligadas à estatal — atingiu em 2018 o lucro de R$ 89,9 milhões. Todavia, em 2017 o valor apurado chegou a R$ 130,4 milhões, mostrando uma redução de 31% de um ano para o outro.
A companhia é formada pela CEB Participações, CEB Lajeado S/A, Companhia Brasiliense de gás, Energética de Corumbá III S/A, Corumbá Concessões e BSB Energética S/A, fora as fornecedoras de geração e distribuição. De acordo com a empresa, o setor de geração de energia elétrica foi essencial para o lucro do grupo como um todo.
A diretoria da empresa estatal salientou o “desafiador” futuro da empresa. O desequilíbrio financeiro na área de distribuição de energia é um dos obstáculos, desde que, por ter prejuízos, precisa captar recursos de outras empresas da companhia.
A crise hídrica do DF enfrentada entre 2017 e 2018 conferiu à CEB uma dívida de R$ 1 bilhão. Em setembro do ano passado, R$ 250 milhões foram emitidos em títulos de venda pública (debêntures), com o objetivo de captar recursos. Do total arrecado, a CEB pretende destinar R$ 120 milhões ao pagamento da dívida.
Segundo a diretoria do grupo CEB, as perdas técnicas e comerciais estão acima do nível regulatório. Nos próximos quatro anos, investimentos serão necessários para garantir o fornecimento de energia elétrica para os habitantes do DF.
Fonte: G1