Em sua já tradicional live diária, Marco Antônio Villa trouxe a público uma acertada análise sobre as atitudes recentes de Bolsonaro. Para o historiador e comentarista, "de forma sucessiva, ele (Bolsonaro) desqualifica a democracia, o estado democrático de direito e a constituição".

Villa bem lembrou que, antes mesmo do discurso golpista do último sábado, o presidente da república já havia falado, uma semana antes, em censura à imprensa por conta das políticas de banimento do Facebook. "Ah, mas ele estava dando um exemplo", dirá o rebanho. Balela. Bolsonaro e sua tropa trabalham o imaginário político através de sugestões, exemplos, hipóteses. Joga a isca para a militância, que morde o bait e sai gritando. Seu jogo é esse.
É possível deduzir que o recrudescimento recente do presidente não seja meramente narrativo ou circunstancial. Bolsonaro está de fato preocupado com a perda de discurso e com os recentes furos no casco do navio econômico. Acossado por todos lados, passou a agir com sua cabeça — sua verdadeira cabeça. É daí que surgem iniciativas estapafúrdias e intervenções em estatais.
A metamorfose plena de seu governo, relatada em detalhes por Carlos Andreazza em suas colunas n’O Globo, segue firme e forte rumo a 2022. Será — podem anotar — mais autoritário, mais irresponsável, mais burro e mais personalista. É o que lhe resta. Só acredita no contrário quem tem vocação de corno. Ou quem ganha com a mentira…
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